COMERCIANTE É PRESA APÓS CONFESSAR TER MATADO O NAMORADO

A comerciária Miraci Pereira Casaes, suspeita de ter assassinado com mais de 40 facadas o dentista George Pereira da Costa no último dia 17, foi presa após se apresentar na Delegacia de Homicídios para prestar depoimento nesta terça-feira, 24. Ela está detida no Conjunto Penal de Feira de Santana. Depois de um interrogatório que durou cerca de 32 horas, a suspeita recebeu voz de prisão dada pela delegada adjunta Dorean Soares, que estava de posse de um mandado de prisão preventiva assinado pelo juiz substituto Rafael Guedes. Acompanhada de um advogado, a comerciária não quis falar com a imprensa. A delegada informou, no entanto, que a mulher teria alegado em depoimento que matou o dentista porque ele assediava sua filha de 18 anos e porque teria consumido drogas antes do crime. “Ela disse que durante a relação sexual George ficava pronunciando o nome da filha (de Miraci) e que ela já havia flagrado ele cheirando peças íntimas da garota, o que a deixou furiosa”, disse Dorean Soares. A delegada disse ainda que Miraci teria afirmado que amarrou o dentista a mando dele. “Ela contou que aproveitou que ele estava imobilizado e cometeu o crime”, disse. Após o depoimento, Miraci foi encaminhada para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer exames de corpo de delito e levada para o Conjunto Penal.

Entenda o crime
O dentista George Pereira da Costa, 40 anos, foi morto com mais de 40 facadas. A vítima foi encontrada por familiares de Miraci dentro da casa onde ela residia no bairro Gabriela. Uma sobrinha da comerciária teria escutado gritos de socorro vindo da casa da tia e chamou a mãe para verificar o que estava acontecendo. Ao chegar ao imóvel, ela encontrou a irmã suja de sangue e o cunhado deitado na cama do casal nu e bastante ferido. Ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que já o encontrou sem vida. A comerciária aproveitou para fugir utilizando o serviço de mototaxista. Em depoimento na delegacia, a filha de Miraci contou que momentos antes do crime havia encontrado o casal na rua e os dois estavam brigando, mas que não pensou que era nada grave, uma vez que eram constantes as brigas motivadas por ciúmes. (ATarde)