
Entre os motivos apontados pelo ministério para rejeitar a aplicação de duas provas no momento está o elevado custo do exame. Em 2012, por exemplo, foi gasto um valor estimado de R$ 270 milhões, já descontando a receita com o valor arrecadado com as inscrições. A logística para aplicar uma prova para mais de quatro milhões de estudantes ainda desafia os técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC responsável pelo Enem.
Para 2012, o MEC havia agendado a aplicação de duas provas: uma em abril e outra em novembro. No entanto, após as falhas verificadas na edição de 2011 (vazamento de questões da prova), a etapa de abril foi cancelada. Em janeiro de 2012, a presidente Dilma minimizou os sucessivos erros no certame e garantiu duas edições para 2013. “Nós melhoramos, vamos melhorar ainda mais e vamos ter depois, no ano que vem (2013), duas edições”, afirmou na ocasião. A ideia de duas edições era uma bandeira do ministro Haddad, que queria ver o Enem substituir todos os vestibulares do País. As falhas, no entanto, o fizeram recuar do plano original.