Num esforço para assegurar uma vitória de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, o PT decidiu trabalhar em duas frentes: estancar a rejeição no Sudeste do País e ampliar a votação no Nordeste, principalmente tomando como parâmetro a redução dos índices de abstenção nos Estados. A ideia é que, com essa estratégia, o partido obtenha pelo menos 50% do número de votos de Marina Silva (PSB) para afastar qualquer possibilidade de derrota da presidente. O plano petista inclui um esforço intenso em regiões que figuram entre os currais eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em São Paulo, por exemplo, onde o partido amargou a derrota do ex-ministro Alexandre Padilha, a ordem é fazer uma série de atos em regiões como o ABC paulista, berço político do PT, e a zona leste da capital, tradicional reduto do partido. A maioria desses encontros deve contar com a participação de Lula. A ideia é “reduzir os danos” no estado. Na região Nordeste, o PT acredita que conseguirá ampliar substancialmente a votação em estados como Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em Pernambuco, a legenda faz uma previsão otimista. Diz acreditar ser possível chegar a 60% dos votos válidos sem Marina na disputa. Na Bahia, o PT acredita que pode ganhar entre 500 mil e 1 milhão de votos no segundo turno, em comparação com o primeiro.