Os perigos ocultos da automedicação com Rivotril, Tadalafila e pílula do dia seguinte

A automedicação segue sendo um hábito alarmante no Brasil. Dados do ICTQ/Datafolha revelam que 9 em cada 10 brasileiros consomem remédios sem orientação médica, um comportamento que pode mascarar doenças graves e agravar quadros clínicos.

A neurologista baiana Priscila Leite alerta para os riscos de medicamentos usados de forma recorrente, como analgésicos, pílula do dia seguinte, Rivotril (clonazepam) e Tadalafila, substância popular no tratamento da disfunção erétil. “Tem gente que toma analgésico todos os dias, como se fosse bala. O corpo não se acostuma, ele se torna mais sensível ao desconforto pela sobrecarga do medicamento”, explica.

Segundo a especialista, no caso da enxaqueca, por exemplo, o uso constante de analgésicos sem prescrição pode transformar uma dor de cabeça esporádica em uma condição crônica, exigindo tratamentos mais complexos e com menor resposta.

No caso da pílula do dia seguinte, o uso repetido pode causar desregulações hormonais e perda de eficácia. Já o uso do Rivotril sem acompanhamento médico pode levar à dependência química e efeitos colaterais severos, como crises de ansiedade, insônia e lapsos de memória.

A recomendação é clara: qualquer uso de medicamento deve ser feito com orientação profissional. A automedicação é uma falsa solução que pode custar caro à saúde.

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