Em tempos em que muitos mal têm tempo para si, a história de Luiz, morador de Santa Catarina, comove pela entrega e amor incondicional. Ele decidiu deixar tudo para trás — trabalho, rotina e projetos pessoais — para se dedicar integralmente ao pai, Seu José, diagnosticado com Alzheimer e Parkinson.
Acamado e sem conseguir se alimentar ou falar, Seu José depende 100% dos cuidados do filho. Luiz é responsável por tudo: administra cinco refeições por dia por sonda, dá banho, oferece os medicamentos nos horários corretos e ainda cuida da limpeza da casa. Quando precisa sair — seja para comprar remédios ou itens básicos — calcula o tempo com precisão para não deixar o pai sozinho por muito tempo.
“É cansativo, mas é meu pai. E eu vou até onde for preciso”, diz Luiz, emocionado, ao contar a rotina que, apesar das dificuldades, é marcada pelo carinho e pela gratidão.
O caso de Luiz expõe a realidade silenciosa de milhares de cuidadores familiares no Brasil — filhos, netos e cônjuges que assumem sozinhos a missão de cuidar de quem ama, muitas vezes sem apoio ou estrutura.
Histórias como essa não apenas emocionam, mas também inspiram reflexões: sobre o amor, sobre o cuidado com os idosos e sobre o valor da presença. Luiz, com toda sua simplicidade, é prova viva de que amor também é ato de coragem.
