“Reborns adultos”: bonecos s3xu4is hiper-realistas ganham destaque nas redes e levantam debates sobre afetividade e tecnologia

Uma nova tendência vem chamando a atenção nas redes sociais e gerando discussões acaloradas: os bonecos s3xu4is hiper-realistas, popularmente apelidados de “reborns adultos”. Fabricados em tamanho real, essas criações têm como objetivo simular de forma impressionante a aparência, o toque e até reações humanas, graças ao uso de materiais avançados e tecnologia de última geração.

Feitos com silicone médico e estruturas articuladas, esses bonecos são projetados para interações íntimas, mas também vêm sendo utilizados por algumas pessoas como companhia emocional, substituindo relacionamentos afetivos convencionais.

Mais que objetos: uma nova relação com a tecnologia

A repercussão dos “reborns adultos” levanta debates sobre solidão, saúde mental, sexualidade, limites éticos e os impactos do avanço tecnológico na forma como os seres humanos se relacionam.

Especialistas alertam para os dois lados da discussão: enquanto alguns veem esses bonecos como alternativas seguras para quem sofre com isolamento, traumas ou dificuldades emocionais, outros questionam o impacto psicológico e social dessa substituição do vínculo humano por uma simulação.

Do tabu à popularização

O tema ainda carrega certo tabu, mas vem ganhando cada vez mais espaço em plataformas como TikTok e Instagram, onde usuários compartilham experiências com seus “companheiros artificiais”. Muitos relatam se sentir menos solitários, acolhidos e emocionalmente estáveis após o uso contínuo dos bonecos.

Apesar disso, o fenômeno segue cercado de polêmicas, especialmente quando se discute a ética do afeto artificial e os riscos de desconexão social.