AINDA NO AUGE DA CARREIRA, ESPORTISTAS VIRAM INVESTEM EM NEGÓCIOS E JÁ SE PREOCUPAM COM APOSENTADORIA TRANQUILA

Esporte traz conquistas, fama e dinheiro. Mas a carreira em quadra ou nos gramados no alto rendimento é curta e a maioria já está aposentada na casa dos 30 ou 40 anos. O que fazer depois? E por que não começar a pensar no futuro ainda no auge da carreira? Diversos atletas fazem isso e mantém uma vida no esporte paralela a de negócios.
“A gente não tem muito tempo de carreira ganhando muito dinheiro e tem que pensar. Tem que saber investir e tentar fazer bons negócios”, afirma Bruninho, levantador da seleção brasileira de vôlei e que assinou com o Modena, da Itália, no começo deste ano. Aos 27 anos, o jogador é sócio de bar e restaurante japonês em Florianópolis e tem parte de uma academia em Curitiba. Também jogador de vôlei, Giba é sócio de Bruninho nos dois negócios. Já a academia ainda tem participação de Murilo, outro nome do vôlei.

Pensar em jogar e ao mesmo tempo investir em alguma coisa fora do esporte é uma prática comum fora do Brasil. “Quando eu fui para a Europa, em 1997, vi que as meninas estudavam e treinavam. Tinha uma amiga russa da época que estava na Espanha que com 17 anos já pensava no que faria no futuro. Acho que isso aconteceu no Brasil de uns cinco ou sete anos para cá”, diz Alessandra, ex-pivô da seleção brasileira de basquete e, aos 40 anos, sócia em uma sorveteria especializada em gelato italiano recém-inaugurada em São Paulo e de uma empresa de perícia automotiva.