AMARGOSA: POLICIAL ACUSADO DE MATAR BEBÊ FOI TRANSFERIDO PARA OUTRA CIDADE, INFORMA CORREGEDORA DA POLÍCIA CIVIL

Os investigadores da Polícia Civil ainda estão analisando e estudando o acontecimento que chocou a cidade de Amargosa, quando a menina Maria Vitória de apenas 1 ano morreu atingida por um tiro disparado por um policial civil. Corregedora da Polícia Civil, a Delegada de Polícia, Dra. Heloisa Campos de Brito, esteve na cidade para colher depoimentos de testemunhas a respeito do fato. Em entrevista a Rádio Sociedade de Feira, a Corregedora explicou que a equipe recebeu a notícia de que havia ocorrido um acidente envolvendo um policial civil naquele município, imediatamente foi deslocado um grupo para o local, onde já foi constatado o fato. “O policial disse que recebeu uma denúncia, foi até o bairro da Katiara, ao chegar lá verificou e encontrou um indivíduo que tinha um mandato de prisão aberto por prática de homicídio no mês de maio do corrente ano. Ele contou que abordou o indivíduo e dando-lhe voz de prisão, mas o mesmo teria reagido e fugido para dentro de uma das casas, sendo assim revidou aos tiros deflagrados pelo sujeito para se defender e, infelizmente, um desses vitimou a criança”, informou Dra. Heloísa Brito.

Segundo ela, a arma foi apreendida para perícia, o policial militar presente no momento também foi ouvido, a perícia foi feita na casa da vítima e uma equipe da Corregedoria esteve ouvindo as demais pessoas que testemunharam o fato na manhã desta quarta-feira (23). Com relação à exoneração da Delegada de Amargosa, Glória Isabel, a Corregedora relatou que após o acontecimento muitas pessoas começaram a julgar a conduta da delegada como se ela tivesse sido responsável pelo evento e, buscando salvaguardar a servidora, foi decidido transferi-la para outra cidade, onde a mesma possa exercer suas atividades com tranquilidade. “Nossa missão é investigar e apurar a responsabilidade dos servidores nesse caso, se for comprovado envolvimento, os responsáveis serão punidos judicialmente”, comentou. Ainda conforme Brito, o policial civil foi removido para outra cidade, mas ainda não está afastado definitivamente de suas atividades, “tudo vai depender do resultado das investigações e como ele vai se comportar”, complementou. Sobre a destruição da Delegacia de Amargosa, Dra. Heloísa salientou que está sendo feita uma investigação paralela a da morte da menina para verificar quem causou esse mal ao patrimônio público, visto que documentos importantes foram perdidos, dentre outros bens.

Redação Voz da Bahia – Letícia Oliveira