O Comando Nacional dos Bancários confirmou neste sábado (27) o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30), mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Os trabalhadores querem reajuste salarial de 12,5% e outras reinvindicações como, vale-cultura de R$ 112, combate ao assédio moral e fim das metas abusivas. Sindicatos em ao menos 19 estados, mais o Distrito Federal, decidiram pela paralisação dos trabalhos em assembleias na última quinta-feira (25).
Novas reuniões serão feitas na segunda-feira (29) em todo o país para organizar a greve, conforme a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Os bancários planejam protestos em frente a sede do Banco Central, em Brasília, e nas representações da autoridade monetária no dia 2 de outubro.
Os estados em que sindicatos decidiram aderir à greve na última quinta-feira foram, além do Distrito Federal: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pará, Roraima, Acre, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia.
2013
Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.