
“Essa é uma tendência mundial, que vem com o aumento dos chamados fatores de risco – obesidade, hipertensão, diabete e sedentarismo. Com tecnologia e melhores serviços, a mortalidade cai”, afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Miranda Magalhães.
A tecnologia mais recente adotada pelo Ministério da Saúde é o medicamento alteplase, único aprovado para o tratamento de AVC isquêmico (quando não há hemorragia; tipo que responde a 80% dos derrames). O remédio passou a ser fornecido pelo SUS em abril. Se for ministrado até 4h30 depois dos primeiros sintomas, reduz as sequelas do derrame.
O AVC pode ser isquêmico, quando há entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro. Ou hemorrágico, quando esses vasos se rompem. Em idosos, a causa principal é a aterosclerose, processo de inflamação que leva à obstrução das artérias por placas de gordura, explica o vice-presidente da Associação Brasileira de Neurologia (Abneuro), Rubens José Gagliardi.
“Nos jovens, as causas são diferentes, como malformações cardíacas ou nas artérias, uso de drogas e de anorexígenos, como femproporex e anfepramona (anfetamínicos), remédios já proibidos”, diz Gagliardi. Ele cita ainda o uso de anticoncepcionais associado ao tabagismo, além da gravidez.
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