Desde terça-feira (14), mais de 20 cidades, incluindo a capital, Natal, registram ataques a tiros e incêndios contra prédios públicos, comércios e veículos públicos e privados, que, segundo as autoridades locais, são realizados por uma facção que atua nos presídios.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apura as motivações dos ataques em um inquérito sigiloso. Até o momento, segundo o MPRN, a causa apontada é a insatisfação dos detentos com a ausência de “regalias”, inclusive visitas íntimas — que não estão previstas na Lei de Execuções Penais. As visitas íntimas estão suspensas desde o massacre de Alcaçuz, em 2017.
Mensagens que circularam nas redes sociais e são atribuídas ao Sindicato do Crime –a facção dominante no estado– mencionam uma suposta união com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para atacar prédios públicos, em represália às condições nas unidades prisionais.
Na quarta (15), familiares de detentos fecharam faixas da BR-101, em Natal, em protesto contra o tratamento dado aos presos, como falta de alimentação adequada e fim do banho de sol.