Brasil aumenta presença militar na fronteira com Venezuela e Guiana

O Ministério da Defesa do Brasil anunciou nesta quinta-feira (30) que aumentou a presença militar na região de fronteira no Norte do país, próximo a Venezuela e Guiana. O reforço atende um pedido do senador Hiran Gonçalves (PP-RR), que solicitou reforço nas tropas em Pacaraima (RR), cidade de fronteira com Essequibo, palco da disputa entre os dois vizinhos sul-americanos.

O país comandado por Nicolás Maduro pretende se apropriar de 74% do território guianense. A Guiana, que fica localizada no extremo norte da América do Sul, disse que o anúncio é provocativo e que eventual decisão não terá efeito jurídico internacional.

“O Ministério da Defesa tem acompanhado a situação. As ações de defesa têm sido intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo maior presença militar”, diz a nota do ministério comandado por José Múcio.

A região de Essequibo ou Guiana Essequiba é disputada entre os dois países há mais de um século. Em 3 de dezembro, Maduro anunciou que fará um referendo para anexar um território ao país.

A riqueza da Guiana tem crescido por causa do petróleo descoberto na margem equatorial do país. A estimativa é que o total de óleo no local seja de 14,8 bilhões de barris. Esse volume equivale a 75% da reserva total de petróleo do Brasil.

O aumento da presença militar brasileira na fronteira com a Venezuela e a Guiana é um sinal de preocupação do governo brasileiro com a disputa territorial entre os dois países. O Brasil tem interesses econômicos na região, já que a Guiana é um importante produtor de petróleo.

O governo brasileiro também está preocupado com a possibilidade de a Venezuela tentar anexar a região de Essequibo por meio de um referendo. O Brasil não reconhece a soberania da Venezuela sobre a região e considera que qualquer referendo realizado no local seria ilegal.

O aumento da presença militar brasileira na fronteira com a Venezuela e a Guiana é uma medida preventiva para garantir a segurança da região e evitar conflitos.