“CADEIA NÃO TEM COMO ME SEGURAR”, DIZ PASTOR ACUSADO DE ESTUPRAR FIEIS DE SUA IGREJA

Ele é investigado ainda por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e participação em homicídio
O pastor Marcos Pereira da igreja Assembleia de Deus dos últimos Dias, está detido desde maio sob acusação de estuprar fiéis. Em entrevista ao repórter Roberto Cabrini, do telejornal SBT Brasil, ele disse que não se sente preso e que a cadeia não poderá segurá-lo. O religioso também é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e participação em homicídio.
“A cadeia não tem como me segurar, independentemente do tempo em que eu ficar aqui. Não me sinto preso. Me sinto um homem que está fazendo a vontade de Deus. Se fui conduzido para um presídio, vou continuar fazendo o mesmo trabalho que faço”, afirmou o pastor, que acrescentou, em tom profético: “Na hora que a trombeta tocar, o céu se abrir no Oriente e no Ocidente, e um homem de branco descer, eu vou desaparecer”.

Durante a entrevista, o pastor voltou a negar todas as acusações e chegou a dizer que nunca teve qualquer relação sexual – mesmo consentida – com qualquer uma de suas seguidoras. Os advogados completaram a afirmação de Marcos Pereira, sustentando que as vítimas teriam sido coagidas a prestar depoimento contra o religioso.
A polícia começou as investigações sobre o pastor há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O religioso também negou ter qualquer ligação com os ataques a núcleos do AfroReggae nos complexos de favelas do Alemão e da Penha no Rio de Janeiro. “José Junior me acusa desde 2012, sem provas e sem conteúdo”, disparou o pastor Marcos Pereira.