O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu na frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa por apoios para o segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto ao garantir a estrutura da máquina pública nos três principais colégios eleitorais do país, na avaliação de cientistas políticos consultados pelo InfoMoney.
Os especialistas, contudo, veem como limitado o potencial de atração de novos eleitores por um lado ou outro na disputa. Isso porque parcela significativa do eleitorado já decidiu em quem votar em 30 de outubro, além do fato de há dúvidas sobre o empenho dos apoiadores em transferir votos e da disposição dos eleitores em seguirem tal recomendação em um pleito tão dividido.
Nos últimos dias, Bolsonaro garantiu o apoio de governadores dos estados que concentram os maiores contingentes de eleitores. Em São Paulo, atraiu Rodrigo Garcia (PSDB), que terminou a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes na terceira colocação, com 18,40% dos votos válidos (4.296.293 votos).
O presidente também conta com o palanque do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que obteve 42,32% dos votos válidos (9.881.995 votos) e agora disputa o segundo turno pelo Poder Executivo local com Fernando Haddad (PT), que ficou com 35,70% (8.337.139 votos) na primeira volta.
Também decidiram apoiar Bolsonaro os governadores Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL), reeleitos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, respectivamente. Juntos, os três estados concentram 63,8 milhões de eleitores − o que equivale a cerca de 40,8% de todos os eleitores registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dos 15 governadores eleitos no primeiro turno, pelo menos 8 estarão com Bolsonaro. Outros 8 candidatos que disputam segundo turno devem pedir votos ao atual presidente.