
O Brasil tem atraído cada vez mais estrangeiros e não é por conta das belezas naturais. Há um público específico que tem procurado o país com outro interesse: realizar o sonho da maternidade e da paternidade.
São mulheres e homens com dificuldades de ter filhos que vêm ao Brasil se submeter a tratamentos de reprodução assistida. É o chamado Turismo Reprodutivo ou de Fertilidade.
A Bahia está entre os estados inseridos na rota desse tipo de turismo. Em Salvador há, atualmente, quatro clínicas de reprodução humana. A capital é a primeira da região Nordeste em número de clínicas.
“Percebo que, a cada ano, o número de estrangeiros que nos procuram é maior”, diz a diretora da Clínica Gênese, Bela Zausner. A médica estima que cerca de 15% dos seus pacientes sejam de outros países: “Temos alguns embriões de casais estrangeiros em nossa clínica”.
De acordo com a delegada da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) na Bahia, Gersia Viana, São Paulo é o estado que mais recebe estrangeiros para tratamentos reprodutivos devido ao maior número de clínicas. O estado concentra 60% das unidades de reprodução do país.
A SBRH não dispõe, no entanto, de informações sobre o número de estrangeiros que atravessam o Atlântico em busca desses tratamentos. “Os números não são fornecidos pelas clínicas de reprodução brasileiras. Seria necessário um trabalho de pesquisa envolvendo clínicas de todo país para obter dados nacionais”, explica Gersia Viana, especializada em reprodução humana.