O empresário Roberto**, 31, sem experiência na bolsa de valores, guardou suas economias e decidiu, pela primeira vez, investir. O que não esperava era que não ia mais ver aquele dinheiro. Ele, assim como outras 150 pessoas de Jequié, cidade do centro sul da Bahia, foram vítimas de um esquema de pirâmide, tipificado como crime no Brasil desde 1951. Pelo menos 40 delas já abriram boletim de ocorrência na delegacia da cidade.
O suposto golpista é o estudante de medicina Henrique Sepúlveda, que depôs na 9ª Coorpin de Jequié, na tarde desta quarta-feira (1). Ao longo de dois anos, o estudante acumulou quase R$ 7 milhões, com investimentos de terceiros e a promessa de lucros de até 20% por mês, sem prejuízos no final do contrato, de duração mínima de 90 dias. A empresa que intermediava as transações está no nome dele, ativa desde 2020, a Safe Intermediações.