Cultura da mandioca desponta como promissora no Extremo Sul

A retomada do crescimento produtivo da mandioca, no Território Identidade Extremo Sul, desponta como um caminho promissor para os agricultores familiares, que estão encontrando nessa cadeia uma forma de garantir emprego e geração de renda. Com o Plano de Ação Territorial da Mandiocultura (PATM), apoiado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), agricultores familiares estão recebendo mudas de mandioca dos novos maniveiros implantados no território. Este projeto contou a iniciativa do Banco do Nordeste Através do programa de desenvolvimento territorial (PRODETER) com apoio da Suzano papel e celulose, Território de Identidade do Extremo Sul, Secretarias municipais de Agricultura e EMPBRAPA mandioca e Fruticultura.

 

 

Fabiana Longo, coordenadora do PATM e colaboradora da Bahiater no Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) Extremo Sul, explica que o Plano surgiu há três anos e, com o apoio da Biofábrica de Cacau, já foram distribuídas 68 mil mudas para implantação de maniveiros, que atendem a agricultores familiares de 11 municípios: “Hoje estamos com 16 maniveiros implantados, o que resulta na multiplicação das variedades da mandioca. É um trabalho em rede, que conta com a nossa assistência técnica, além das secretarias de agricultura e empresas privadas. Todo esse esforço tem ajudado a alavancar a produção aqui no Extremo Sul, colocando a mandiocultura na rota do desenvolvimento na Bahia”.

Demóstenes Soares, agricultor familiar da Associação São Francisco, responsável por um maniveiro implantado no município de Prado, acredita que o trabalho em conjunto, em prol do crescimento produtivo da mandioca, renderá bons negócios: “Nossa expectativa é vender mais e, de preferência, ir além das feiras. Queremos fornecer o produto a vácuo, processado, para os supermercados, escolas e outros lugares, tudo com selo da agricultura familiar”.

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Os agricultores familiares cultivam 90% da mandioca plantada na Bahia, a o Estado ocupa o terceiro lugar na produção do país. O Bahia Produtiva, projeto executado pela CAR/SDR, está investindo cerca de R$10 milhões na base de produção dessa cadeia, que é de extrema importância para economia dos municípios.
Ana Cristina dos Santos, engenheira agrônoma da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), órgão vinculado à SDR explica que “o extremo sul se destaca como um território propício ao cultivo da mandioca pois possui condições edafoclimáticas propícias à cultura da mandioca, com regularidade pluviométrica, clima quente e úmido sem a adversidade das seca e geadas, solos profundos e bem drenados”.