Em depoimento prestado no último 19 de novembro, Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, contou a procuradores que Edson Ribeiro, advogado de seu pai na Lava Jato por quase 10 meses, disse que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) iria interceder junto à estatal do petróleo para o pagamento de honorários advocatícios.
Realizado um dia depois de o filho de Cerveró entregar a gravação na qual o senador petista ofereceu ajuda financeira à família para que ex-diretor não fechasse acordo de delação premiada, o depoimento ajudou na coleta de informações que levaram à prisão de Delcídio, do próprio Ribeiro e outros dois investigados por tentativa de obstruir a Justiça.
No depoimento, Bernardo afirma que, em conversa com Edson Ribeiro, o advogado relatou que a ajuda de Delcidio era “financeira e envolvia também a perspectiva de o congressista interceder junto à seguradora ou ao departamento jurídico da Petrobras para que Edson Ribeiro recebesse honorários pela seguradora”.
No depoimento, Bernardo conta que Ribeiro “relatou que o senador Delcídio iria ajudar, que estava em contato com ele e em breve marcariam uma reunião com o depoente”.
Procurada pelo blog, a Petrobras afirmou nesta terça-feira (1) que “não custeia a defesa do ex-diretor Nestor Cerveró”. A defesa do senador Delcídio disse que só irá se pronunciar novamente caso a denúncia seja formalizada pela Procuradoria Geral da República e protocolada na Justiça. A defesa de Ribeiro não foi encontrada para comentar as declarações de Bernardo Cerveró. (G1)
