“Ela simbolizava uma alegria que eu não tinha”: Investigação revela premeditação no assassinato de Melissa, de 14 anos, em escola de Minas

As investigações sobre o brutal assassinato da adolescente Melissa Campos, de 14 anos, dentro de uma escola estadual em Minas Gerais, revelam que o crime foi meticulosamente planejado e teve motivação emocional profunda. A jovem foi morta a golpes de tesoura por um colega da mesma idade, que já havia deixado um bilhete ameaçador: “Você vai morrer por estrangulamento”.

A revelação foi feita pelo promotor André Tuma, que classificou o bilhete como “uma sentença de morte”. A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) também confirmou que o autor do crime, ao ser apreendido, declarou friamente:

“Ela simbolizava uma alegria que eu não tinha”.

A frase chocante evidencia um sentimento de inveja e angústia profunda, apontado como a principal motivação do crime. O Ministério Público descartou qualquer indício de que Melissa estivesse sendo vítima de bullying, afirmando que o homicídio não teve relação com perseguições ou humilhações sistemáticas na escola.

Além da frieza com que o adolescente relatou os fatos, as investigações indicam que ele levou a tesoura de casa com o objetivo deliberado de matar Melissa. Após o crime, ele contou com a ajuda de um segundo colega, também de 14 anos, que o ajudou a fugir do local. Ambos foram apreendidos e autuados por ato infracional análogo ao homicídio.

O caso gerou comoção nacional e reacendeu o debate sobre saúde mental de adolescentes, violência nas escolas e a necessidade de políticas públicas voltadas para o acompanhamento emocional de jovens em ambiente escolar.