Esconder rombo foi pior para a Petrobras

xIMAGEM_SAMUEL_5.jpg.pagespeed.ic.5doijXSMBZA decisão, que teria sido uma orientação direta do Palácio do Planalto, ordenando excluir os prejuízos decorrentes do maior esquema de corrupção que já aconteceu no Brasil, enodoa, mais do que esperava, o balanço apresentado pela Petrobras, notadamente nos Estados Unidos e, de maneira geral, nos países europeus, onde a petroleira brasileira gozava, não faz muito, de grande prestígio e era considerada uma das maiores do mundo. A absurda decisão de esconder o rombo foi para as páginas mais importantes dos jornais americanos e europeus, dificultando ainda mais a situação da estatal, que poderá ter dificuldades para conseguir crédito em bancos importantes. O mais certo é dizer que o crédito será escasso, o que será mais um problema para a estatal. Os países do hemisfério norte não aceitam que balanços de empresas como a petroleira escondam rombos, engabelando consequentemente os acionistas. Se, no Brasil, as ações da Petrobras caíram ontem 11% do seu valor, nos países de cima foi pior. Para a Petrobras e para o País como um todo, o que poderá também refletir nas grandes empresas nacionais. O entendimento que se generalizou é que o governo brasileiro não foi correto, nem a estatal poderia esconder rombos, corrupção, quaisquer que fossem por ser um direito dos acionistas terem claro e límpido conhecimento da real situação da empresa. Se a decisão foi do Palácio do Planalto ou da própria Petrobras, já não importa. A consequência foi pior do que ter mostrado a verdade. Presume-se que a petroleira pagará um preço caro, na medida em que a confiança que nela ainda se depositava foi definitivamente para o brejo.