A Bahia terá, pelo menos, mil leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) até o final deste ano. Esta foi a estimativa feita nesta sexta-feira, 10, pelo secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, em visita a Barreiras (a 858 km de Salvador), no oeste do estado. O problema da falta de vaga em UTIs voltou à tona, nesta semana, com o registro de duas mortes, no intervalo de oito meses, na cidade de Queimadas, no nordeste baiano, de pacientes que estavam na fila de espera da Central Estadual de Regulação (CER). No entanto, o número projetado ainda é menor do que o recomendado pela ONU, de 330 leitos de UTI para cada um milhão de habitantes. Dentro desta regra, a Bahia, com 14.016.906 habitantes segundo o Censo 2010 do IBGE, necessitaria de, pelo menos, 4.620 leitos especiais para tratar casos graves. Solla reforçou números já divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), referentes ao crescimento do número de leitos de UTI, que era de 311 em 2006, para os atuais 932, disponibilizados pelo SUS. O secretário enfatizou que, “em sete anos, não conseguimos alcançar o número ideal, mas triplicamos a oferta”, disse Jorge Solla. Para ele, mais do que ampliar o número de leitos de UTI pelo SUS, “estamos nos preocupando em descentralizar a oferta. Por isso, estamos licitando mais vagas para Salvador e, em breve, deveremos ter também leitos de UTI em Seabra e Ibotirama”, afirmou, mas sem mencionar datas nem quantidades específicas para estes locais. Jorge Solla e equipe visitaram ontem o Hospital do Oeste, em Barreiras, onde foram entregues seis ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para municípios da região. Também estiveram na cidade de Barra, a 650 km da capital baiana, onde foi entregue um posto de saúde e o secretário conheceu o Hospital Ana Mariani, conveniado com a Grupo São Rafael. (A Tarde)