Estudo revela altas taxas de ansiedade e depressão entre os brasileiros em 2023

Segundo dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023), divulgados nesta quinta-feira (29), cerca de 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade.

Dentre esse grupo, a maior parcela, correspondendo a 31,6%, é composta por jovens com idade entre 18 e 24 anos. As prevalências de ansiedade são mais altas na região Centro-Oeste, com 32,2%, e entre as mulheres, com 34,2%.

Além disso, o levantamento revela que 12,7% dos entrevistados relataram já terem recebido diagnóstico médico de depressão. As maiores prevalências de depressão foram encontradas na região Sul, com 18,3% das pessoas diagnosticadas, entre as mulheres, com 18,1% delas já tendo recebido diagnóstico, e na faixa etária de 55 a 64 anos, com 17% de prevalência. Em seguida, estão os jovens de 18 a 24 anos, com 14,1% de diagnósticos de depressão.

A pesquisa entrevistou um total de 9.000 pessoas, representando todas as regiões do Brasil. A coleta de dados ocorreu por telefone, no período de 2 de janeiro a 18 de abril.

Os resultados do Covitel 2023 chamam a atenção para a alta prevalência de ansiedade e depressão na população brasileira, especialmente entre os jovens e as mulheres. Esses dados reforçam a importância de políticas públicas e serviços de saúde voltados para a promoção da saúde mental e o enfrentamento desses transtornos, que podem ser agravados em tempos de pandemia. A conscientização e o acesso a tratamentos adequados são fundamentais para o cuidado e bem-estar dos indivíduos afetados.