Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, está sendo processado pelo banco. Na ação a Caixa cobra do ex-presidente a indenização paga pelo banco a um empregado coagido por Pedro a comer pimenta, e ouviu comentários homofóbicos.
Segundo a Folha de São Paulo, em primeira instância, o banco havia sido condenado pela Justiça do Trabalho no ano passado a indenizar o funcionário em R$ 20 mil por danos morais. O episódio ocorreu em 2020 em um evento do programa Caixa Mais Brasil no Amazonas.
Conforme a denúncia, o ex-presidente colocou pimenta no prato de funcionários durante um jantar e obrigou o grupo a comer. Para tentar disfarçar o gosto e conseguir terminar a refeição, um dos empregados pingou algumas gotas de limão sobre a porção. O então presidente do banco chamou o homem de “são-paulino” e “bambi”, termo homofóbico usado de forma pejorativa para se referir a torcedores do São Paulo.
“Muitos depoimentos revelam que o ex-presidente fazia brincadeiras constrangedoras aos funcionários, como jogar as pessoas no rio (a TESTEMUNHA 24 disse que um funcionário se afogou numa destas brincadeiras), colocar pimenta na comida das pessoas”, diz trecho da investigação feita pelo MPT (Ministério Público do Trabalho).
A defesa do executivo foi procurada pela reportagem da Folha, mas não respondeu até a publicação deste texto. O advogado José Luis Oliveira Lima tem classificado as ações judiciais como “jogadas políticas” da atual direção do banco, para atacar sua “excelente gestão”.
