Homem morre aos 96 anos e é velado sentado em poltrona em aparecida de goiânia

Na última semana, um carpinteiro aposentado faleceu aos 96 anos e recebeu uma homenagem única durante seu velório, realizado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A família de Quirino da Silva Souza optou por velá-lo sentado em uma poltrona, em uma cena que visava celebrar a vida e a personalidade do idoso, conhecido por sua alegria e gosto por conversar com as pessoas ao seu redor.

A filha dele, Flávia da Silva, de 51 anos, explicou ao G1 que a ideia de velar o pai dessa maneira surgiu para criar um ambiente mais harmonioso e menos melancólico.

“Ele ficou 10 anos em cima de uma cama. Na hora da morte eu queria surpreender um pouco minha família, para ficar um ambiente mais harmonioso. Surgiu essa ideia e foi muito bom, não ficou aquele clima triste de velório”, disse a mulher de 51 anos.

Flávia compartilhou que seu pai havia passado os últimos 10 anos de sua vida confinado em uma cama devido à sua condição de saúde debilitada. Quirino enfrentava uma batalha contra o Alzheimer, já em estágio avançado.

Na quarta-feira (28), Flávia percebeu uma piora na condição do pai e o levou ao hospital, onde os médicos diagnosticaram uma falência de 45% dos órgãos, indicando que estava em seus últimos momentos de vida.

“Meu pai foi um homem muito trabalhador. Ele nunca bebeu, nunca fumou. Ele morreu praticamente nos meus braços, fiquei muito triste, mas pelo menos ele fez uma passagem muito linda”, contou Flávia.

Quirino faleceu na última quinta-feira, 29, por volta das 13h. O velório ocorreu na manhã de sexta-feira, 1, na sala de homenagens da funerária Paz Universal.

Homenagem singular

O diretor executivo da funerária, Wanderley Rodrigues, destacou que a família teve a oportunidade de prestar uma última homenagem de forma singular, preservando a memória e a individualidade do falecido.

“A empresa tem 45 anos e é o primeiro velório que faz assim. Eu não tenho conhecimento de nenhum outro que ocorreu no Brasil desta forma. Nos Estados Unidos e também em outros países da Europa vários já foram realizados assim, mas aqui no Brasil, que eu tenho conhecimento, é o primeiro”, disse o diretor.