
A menina teve queimaduras em mais de 80% do corpo, sendo 50% de terceiro grau. Os primeiros atendimentos foram realizados no município de Irará, a 130 quilômetros da capital. Ela teve rosto e membros superiores e inferiores queimados após um acidente doméstico com álcool. A criança estava internada no HGE desde junho e o procedimento foi realizado no dia 28 de novembro.
“Cirurgias como esta serão muito mais frequentes com o hospital novo [HGE2] porque vamos ampliar o serviço”, explicou o cirurgião plástico Carlos Briglia, responsável por realizar o procedimento no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, e coordenador do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade.
Sempre acompanhada dos pais, que se revezam na rotina de hospital, N.S.S. tem realizado todo o tratamento por meio Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui, entre outros procedimentos, sessões de fisioterapia. Também no HGE, a pequena N.S.S. já realizou dois enxertos com a própria pele. A próxima enxertia deverá ser realizada dentro de 15 dias.
Desde o acidente, Tatiana Ferreira, 36 anos, mãe da paciente, se afastou do trabalho em Irará, onde desempenha a função de secretária. Há quase seis meses longe de casa, ela afirma que tem recebido toda a assistência do apoio do hospital. “Desde que minha filha chegou aqui ela está sendo muito bem tratada, cuidada. Todos os procedimentos que ela precisa fazer, ela faz. Só tenho a agradecer a toda equipe, dr. Carlos Briglia, dra Ana Bela”.
Já o pai, o representante comercial Nilton César Campos, 43, não precisou deixar as atividades profissionais, porém tem se desdobrado para dividir com a mulher a atenção diária dada à filha. Ele afirmou que sente seguro com o tratamento realizado na filha. “Acredito muito na competência dos médicos que vêm realizando vários procedimentos nela. Exames, cirurgias, tudo o que ela precisa, graças a Deus, está sendo realizado”.
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA