Jogadoras de futsal denunciam treinador por assédio sexual em Fortaleza

Atletas de um clube de futsal de Fortaleza denunciam o treinador por prática de abuso e violência sexual durante os treinos da equipe. As vítimas são garotas com menos de 18 anos. Elas afirmam que receberam mensagens com termos obscenos e convites inadequados.

Um dos casos de assédio, conforme relato das jogadoras, ocorreu durante massagens. Uma delas chegou a filmar o professor quando ele fazia o procedimento e aproxima a mão da virilha da atleta. Ao perceber que estava sendo filmado, tirou o aparelho celular dela.

O advogado de defesa do treinador disse que ele só vai se manifestar “em momento oportuno” e que o profissional ainda não foi intimado a depor sobre o caso.

Nas redes sociais, uma das vítimas relatou que o treinador chegou a deitar sobre o corpo de uma das atletas, afirmando que fazia parte do trabalho de recuperação dela.

– Ele mandou essa jovem tirar seu short para fazer esse “trabalho” para o aceleramento do coração, onde o mesmo deitou-se por cima desta jovem e começou a ficar pinando nela, onde esta jovem pedia para ele parar, pois estava ficando constrangida e com medo. Mas ele continuou como se estivesse em um ato sexual [sic] – relatou uma das vítimas.

Em outra situação, o treinador teria marcado um horário com apenas uma única jogadora, uma adolescente de 13 anos, para se aproveitar dela. Quando outras jogadoras apareceram de surpresa no ginásio, conforme relatado por uma vítima, o professor procurou uma desculpa para que elas deixassem o local e ele ficasse sozinho com a adolescente de 13 anos.

– Chamou uma jovem de 13 anos para chegar às 16h30 no ginásio, alegando que era para ajudar na organização da copa Silva Sales. Ele falou para mais duas jovens de 17 anos para elas saírem para comprar gelo, pois o bebedouro estava quebrado e não gelava a água […] em cerca de 17h10 da tarde, estavam voltando e comentando sobre uma das atletas que tinha falado que tinha sido assediada por esse treinador, mas por medo, pediu para elas não contarem – contou.

Investigações

Em nota, a Polícia Civil informou que apura a denúncia de crime contra a dignidade sexual. O caso é investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente, que ouve testemunhas para tenta esclarecer o caso.