De acordo com Miguel Ribeiro de Oliveira, coordenador de estudos econômico da Anefac, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, foi a principal razão para o aumento dos juros para pessoas físicas.
“Quando a taxa básica sobe, aumentam os custos de captação dos bancos, ou seja, eles têm que pagar mais para captar dinheiro. E esse aumento do custo é repassado aos clientes”, ressalta o coordenador.
Inflação
Oliveira afirma que a inflação alta e acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central reforça a tendência de uma nova alta da Selic na próxima reunião do Copom, o Comitê de Políticas Monetárias do BC. “Por conta disso, é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses”, diz.
Das seis linhas pesquisadas, cinco registraram aumento nas taxas de juros. A maior variação se deu no CDC para financiamento de veículos, cujas taxas avançaram 1,90%, saltando de 1,58% em julho para 1,61% no mês passado.
Pessoa Jurídica
Houve alta também nas taxas de juros para pessoas jurídicas. O maior avanço foi registrado no capital de giro, de 1,32%. Os juros mensais passaram de 1,52% para 1,54%.
Nos descontos de duplicatas, o aumento foi de 0,45%, saindo de 2,23% ao mês para 2,24% mensais. Já conta garantida teve juros 0,71% maiores no mês de agosto, saindo de 5,65% mensais em julho para 5,69% mensais em agosto.
