Lula defende fechamento de “quase todos” os clubes de tiro no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pedido ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), durante uma transmissão ao vivo no YouTube, no quadro “Conversa com o Presidente”. Lula solicitou o fechamento de “quase todos” os clubes de tiro no país. Segundo ele, a sociedade brasileira não precisa treinar tiro, pois não está se preparando para uma revolução.

Em suas declarações, o presidente afirmou ser contra o porte de armas por civis e defendeu que apenas as forças policiais e militares devem ter acesso a locais para treinamento com armas de fogo.

 “Não acho que o empresário que tem lugar para praticar tiro seja empresário. Sinceramente não acho. Já disse para Dino que temos que fechar quase todos e deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar, do Exército e da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para treinar tiro”, mencionou Lula,

As declarações de Lula ocorrem dias após o presidente assinar um novo decreto que restringe o acesso a armas e munições no país. Ele ressaltou que o pobre trabalhador está enfrentando dificuldades para adquirir itens básicos como comida e material escolar, e que o foco da população não está na compra de armas de fogo.

 “Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida, material escolar, não consegue comprar um brinquedo no Natal. Então como as pessoas vão comprar fuzil, rifle, 10, 12, 15 pistolas. As pessoas querem comprar carne, óleo, cebola. Querem coisas para comer, escrever, livros. As pessoas não querem violência”, também declarou.

Lula também utilizou as redes sociais para reforçar seu posicionamento contra a liberação de armas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que essa liberação tinha como objetivo agradar o crime organizado e pessoas com recursos financeiros, ao mesmo tempo em que o pobre trabalhador não conseguia atender às necessidades básicas de sobrevivência.

O ex-presidente enfatizou que a população brasileira deseja uma vida digna, com acesso a alimentos e educação, e que a violência não é a solução para os problemas enfrentados no país. Ele ressaltou a importância da democracia e criticou a ideia de um golpe, destacando que o povo quer paz e estabilidade.

“O pobre, trabalhador, não conseguia nem comprar comida, quem dirá fuzil. O povo não quer violência, quer comida na mesa. Quer a democracia e não o golpe”, afirmou no Twitter.