MARAGOJIPE: APÓS EXONERAÇÃO, SECRETÁRIO ACUSA PREFEITA DE COMPRA DE VOTOS E REALIZAÇÕES DE CONTRATOS MILIONÁRIOS

Ex-secretário  de Educação Arivaldo Vieira
Após ser exonerado do cargo de secretário de educação do município de Maragojipe,  localizado no recôncavo baiano, o professor Arivaldo Vieira, resolveu realizar diversas denúncias à prefeita Vera Lúcia (PMDB). Segundo  uma nota pública, o  ex-secretário  afirma que  houve compra de votos no último pleito, por parte da então candidata Vera.  De acordo com a denúncia do educador, transcrita no blog do Zevaldo, a prefeita lhe demitiu sem nenhum motivo aparente.  “Levei pouco mais de trinta dias à frente da Secretaria na condição de fantoche porque ela não tratava nada comigo e sim com uma pessoa que ela transformou em sua porta voz e a quem ela gostaria que eu me reportasse.”  Desabafa Arivaldo.

No decorrer da denúncia, o  professor, afirma que solicitou da prefeita autonomia para fiscalizar os recursos da Educação, pedido negado pela chefe do executivo. “ Tenho certeza que os motivos principais da exoneração foi eu ter cobrado dela a autonomia para fiscalizar os recursos da Educação, sobretudo os do FUNDEB e os 25 % que a gestão está obrigada a gastar com a Educação. O Secretário não faz gestão financeira na educação, não tem poder de gastar, mas, responde criminalmente pelos erros porventura cometidos pela Prefeita e a Educação e a Saúde são as meninas dos olhos de quem talvez precise usar para pagar as contas de campanha. No comunicado, o ex secretário sinaliza na carta aberta,  que a  chefe do executivo seria: incompetente, arrogante, desleal, e vingativa.  

Segundo  Arivaldo, contratos milionários foram realizados por uma empresa junto a prefeitura,  além  pagamentos em  altos valores a uma camada de fúncionários beneficiados pela prefeita. Na nota, o educador  diz que assumiu o cargo de secretário contra a vontade alcaide que tudo aconteceu por conta de um acodo político de aliciamento e compra de votos, que o mesmo teria conhecimento ” Ela fez de tudo para inviabilizar  a funcionalidade da Secretaria de Educação porque era eu o titular da pasta e somente fui nomeado por força de um acordo político com características de aliciamento e compra de votos que vou denunciar”  finaliza Arivaldo . O ex-servidor informa que estará levando todo teor da denúncia  ao Ministério Público local.
Em nota, assessoria da prefeita emite versão
Em nota a assessoria da prefeita Vera Lúcia do (PMDB),  destaca que admissões e demissões fazem parte da rotina de qualquer instituição, seja pública ou privada.  Sendo que o desligamento do Sr. Arivaldo Vieira, especificamente, há um conjunto de fatores que ocasionou sua exoneração. Segundo o  departamento de comunicação da prefeitura o processo seletivo do TOPA  ( Todos Pela Alfabetização) é o principal deles. “Como é de conhecimento público, a seleção para monitores e coordenadores do TOPA foi mal conduzida de tal forma, que gerou diversas denúncias no Ministério Público local.” Diz a nota.  Em relação à denúncia da compra de votos e outras supostas irregularidades nos atos de campanha, a nota trata o professor como auto-acusador. “Na condição de Coordenador, esteve todo o tempo inserido na administração dos recursos financeiros utilizados em campanha, o que, obrigatoriamente, caracteriza esse tipo de denúncia como auto-imputação.” Em relação as ofensas contra a prefeita, a assessoria  informa  que a adminstração ficou surpesa com os adjetivos do mesmo, junto a equipe qual conviveu.
 Oposição solicita abertura de CPI
A bancada de oposição na Câmara de vereadores da cidade, comandada pelo edil Eustilio de Carvalho Neto ( PT), resolveu solicitar da presidente da Casa, a vereadora Ana Leite ( PSL), a abertura de uma  (CPI) Comissão Parlamentar de Inquérito, afim de apurar as denúncias formulados, pelo ex-coordenador de campanha e  ex- secretário de educação, o senhor Arivaldo Vieira, o qual efetua grave denúncias no tocante a compra de votos durante o  último pleito eleitoral, além de afirmar diversas irregularidades no governo atual, inclusive, com o pagamento irregular de salários, contratos milionários, estes publicados no Diário do Município, contratação irregular de funcionários, ato proibido pela Legislação e motivo de atuação do Ministério Público, atos de improbidade administrativa, e, finalmente perseguições políticas a população, vem, com base na Sub-Seção II, das Comissões Parlamentares de Inquérito, no seu art. 26º e seguintes, com seus parágrafos, requerer: A instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para apuração dos fatos denunciados pelo ex- Secretário. Diz o trecho do documento enviado a presidente da Câmara.
Reportagem: Fábio Santos/ Voz da Bahia