Pesquisadores registraram um fenômeno raro no Delta do Okavango, em Botsuana: leoas desenvolvendo jubas e adotando comportamentos típicos de leões machos — como rugir alto, marcar território e até montar em outras fêmeas.
Uma dessas leoas, apelidada de SaF05, virou objeto de estudo. Análises revelaram altos níveis de testosterona, possivelmente causados por anomalias nos ovários. Esse desequilíbrio hormonal estaria por trás das mudanças físicas e comportamentais.
Apesar de tentarem acasalar com machos, essas leoas não engravidaram, o que pode indicar infertilidade associada ao excesso de hormônio. O caso chama atenção para a diversidade biológica e levanta novas questões sobre a genética e o comportamento dos felinos.
A presença dessas leoas “diferentonas” pode alterar as dinâmicas sociais das alcateias, desafiando o que se sabe sobre o papel das fêmeas nos grupos.