NETINHO RELEMBRA OS SETE DIFÍCEIS MESES DE INTERNAÇÃO: “NÃO FIQUEI VIVO POR NADA”

Cantor comenta os boatos sobre sua doença e relembra, em meio à lágrimas, o apoio dos fãs
Netinho passou boa parte dos seus 47 anos de idade gozando de ótima saúde e dificilmente tinha sequer uma dor de cabeça ou qualquer dorzinha que o afastasse dos palcos ou de sua rotina acelerada. Mas, no ano passado, ele foi parar no hospital e quase não voltou para casa. Internado em abril com fortes dores na coxa e na virilha, ele entrou no hospital achando que exagerou na malhação, no auge de seus 82 kg, e acabou com 50 kg imóvel em uma cama de UTI e entubado por todos os lados

Dez meses após a internação, Netinho retoma à vida normal. Neste começo de ano já voltou a morar no Rio para seguir a vida e voltou aos palcos em uma recuperação que surpreende até os médicos. Em uma conversa exclusiva, o cantor revelou emocionado ao R7 detalhes dos sete meses em que viveu a um fio da morte.  

— Os médicos chamaram minha família para se despedir de mim. Eles me desenganaram por duas vezes. Depois que eu fiquei bem, os médicos de Salvador vieram me explicar porque fizeram isso. Eles falaram que casos como o meu não há mais solução. Eles aprenderam isso nos livros de medicina. Eles falaram que meu intestino estava com bolhas de ar, que estava necrosado. Ou seja, eu estava morrendo. Dias depois de dizerem que eu iria morrer, eu não tinha mais nada no intestino

Netinho sabe que pelo que passou e ainda estar vivo não passa de um milagre.  

— Foi ele [aponta para o céu] que me deixou vivo. Eu estava realizado, feliz. Já tinha realizado todos os meus sonhos. E faria tudo de novo, tudo. Por isso eu digo que viver é divino. Todas as circunstâncias me levavam à morte. Poderia ter morrido ali. Mas, se ele me deixou, é porque tem um propósito nisso. Ele me deixou vivo por um motivo maior
Com isso, Netinho dá o exemplo de um boato que criaram de que ele era careca e diz que aprendeu a lidar com o que as pessoas inventam. 

— Teve uma época em que eu só usava boné e tinha o boato na Bahia de que eu era careca. Depois que eu estava com AIDS. Tem um monte de história que inventam e eu só dizia uma coisa: “deixa o tempo passar”. Não precisa ficar brigando, nem respondendo a isso, quanto mais você responde o mal, você fala do mal. Você tem que ignorar e fazer de conta que não existe. Tratar com indiferença
Foto: Roberto Filho/R7