NO JN, MARINA TENTA EXPLICAR A “NOVA POLÍTICA”

A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, foi entrevistada nesta quarta-feira (27) pelo Jornal Nacional, em mais uma entrevista da série que o jornal faz com os presidenciáveis. A ex-ministra teve quinze minutos para responder sobre alianças políticas, o uso da aeronave de Eduardo Campos e explicar que ela considera como “nova política”.
A primeira pergunta foi sobre o avião que Eduardo Campos usava quando sofreu o acidente no dia 13 de agosto. Denúncias indicam que a aeronave pode estar irregular, mas Marina disse que o avião estava em situação legal. Segundo ela, a aeronave foi cedida como forma de empréstimo e o acerto de contas estava programado para o final da campanha, quando os candidatos saberiam o total de horas de voo.

Marina também respondeu sobre sua atuação no seu Estado natal, o Acre, onde ela teve um desempenho fraco nas eleições de 2010. A candidata procurou ressaltar sua história de vida, lembrando que atuou junto com o líder seringueiro Chico Mendes, e justificou sua votação no Acre com um ditado popular. “É difícil ser profeta em sua própria terra”, disse.
A candidata também foi questionada sobre o que diz ser “nova política”, em contradição com a “velha política”. O jornalista Willian Bonner perguntou se a sua aliança com o PSB e com Beto Albuquerque, com quem Marina tem divergências em temas importantes, como na questão dos transgênicos ou da pesquisa de células-tronco, não tinha sido feita só para acomodar sua candidatura, em um exemplo de “velha política”. Marina negou a tese, e aproveitou para tentar mostrar que consegue dialogar com setores diferentes – a candidata tenta se desfazer da imagem de ambientalista radical.