O glaucoma é caracterizado por uma lesão no nervo óptico provocada principalmente pelo aumento da pressão intraocular. O nervo óptico é o responsável por levar as imagens captadas pela retina ao cérebro. Por isso, a condição compromete a visão de forma progressiva e irreversível, e pode, em alguns casos, causar cegueira. De acordo com a Glaucoma Research Foundation, 10% das pessoas que recebem tratamento apropriado contra o problema perdem completamente a visão mesmo assim. A fase inicial do glaucoma não tem sintomas. Quando o paciente começa a se queixar de problemas relacionados à perda da visão periférica , como esbarrar nas paredes ou tropeçar em degraus, a doença já avançou. “Cerca de 80% dos pacientes brasileiros com glaucoma já chegam ao consultório com sintomas, ou seja, na fase mais avançada da doença”, diz Francisco de Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).
O GLAUCOMA NÃO TEM CURA E PODE CEGAR, DIZ ESPECIALISTA
Uma das principais causas de cegueira no mundo se deve a uma doença silenciosa, sem cura e que com frequência é diagnosticada quando já está em fase avançada: o glaucoma. Estima-se que 60 milhões de pessoas no mundo tenham a condição, sendo 1,5 milhão no Brasil, e que 8 milhões de indivíduos não enxerguem devido a complicações do problema.
Cuidado: A doença pode ser diagnosticada em sua fase inicial e assintomática. Para isso, é necessário que os indivíduos, especialmente os que têm mais de 40 anos, mantenham uma rotina de ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano – mesmo se não se queixarem de nenhum problema ocular. “Qualquer consulta oftalmológica inclui exames de pressão ocular e de fundo de olho que podem acusar o glaucoma”, diz Lima. Esses exames também previnem o glaucoma, uma vez que a pressão alta pode ser controlada. Além disso, médicos recomendam hábitos saudáveis, como exercitar-se com frequência e evitar o cigarro, como forma de diminuir o risco da doença.