“Deveria excluir a Bahia do mapa do Brasil e mandar pra Africa (sic), de onde nunca deveriam ter saído”, são com essas palavras que o perfil de um homem identificado como Eduardo Silva (https://www.facebook.com/eduardo.silva.3990) dissemina o ódio ao povo baiano na rede social mais popular do mundo: o Facebook. O Bocão News recebeu denúncias da ação preconceituosa do internauta, que é de São Paulo. Alguns especialistas foram consultados pelo site e informaram que o ato é considerado como crime de xenofobia. Em outras postagens ele continua com as ofensas. “Olha o naipe dos manos e das minas, não precisa nem dizer de que estado são”, escreveu. E mais: “não salva um ai no meio, imaginem o cheirinho de baixo da asa”, comentou sobre uma reportagem que falava sobre briga entre foliões no carnaval de Salvador. Assim como o racismo e a intolerância religiosa, a xenofobia, pode ser definida como prática, indução ou incitação de preconceito de raça, cor, etnia e religião. O crime está previsto no artigo 20 da Lei nº 7716/89, com pena de reclusão, que pode variar de 1 a 3 anos e multa. Se for cometido por intermédio dos meios de comunicação (como a Internet), a pena pode ser agravada de 2 a 5 anos e multa, conforme o parágrafo 2º da mesma Lei. Em crimes como os praticados pela internet, o denunciante deve reunir o maior número de provas possíveis. É essencial imprimir as páginas, guardar os endereços virtuais, salvar os links dos suspeitos responsáveis pelo crime e tirar cópia das ofensas. Para tirar uma cópia da página em que o preconceito está exposto deve-se usar o botão Print Screen (geralmente localizado no canto direito superior do teclado). Uma vez que as provas estejam reunidas, o denunciante pode dirigir-se a qualquer tipo de delegacia. Em Salvador, existe o Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meio Eletrônicos. Também deve procurar o Ministério Público Estadual que deverá auxiliar nas investigações.
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