PASSAGEIRO VAI PAGAR PELO PRÓPRIO PESO EM COMPANHIA ÁEREA DA OCEANIA

Uma companhia aérea de Samoa, na Oceania, anunciou hoje que passará a cobrar passagens de suas viagens não por assento, mas a partir do peso do passageiro e de sua bagagem. O novo modelo é apontado no site da Samoa Air como “o mais justo”. O usuário registra o próprio peso e o estimado de seus pertences no momento da compra, para cálculo do preço. A informação é checada em pesagem antes do voo.
A estratégia promete ser lucrativa, uma vez que Samoa, uma ilha no meio do oceano Pacífico, consta entre os países com os maiores índices de obesidade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 66,7% das mulheres e 45,3% dos homens com mais de 20 anos são obesos no país. No Brasil, os números são de 22,1% e 16,5%, respectivamente. Em 2007, Samoa aparecia em sexto lugar em um ranking dos países mais “gordos” feito pela “Forbes”. Tonga, ilha que consta entre os destinos da empresa, ficou em quarto.

Portes maiores são mais valorizados na região, segundo a revista. O presidente da Samoa Air, Chris Langton, afirmou ao site “ABC News” que o método é mais justo e deve favorecer sobretudo famílias com crianças. Segundo ele, as companhias aéreas não operam a partir do número de assentos, mas, sim, a partir do total de quilos que transportará. O preço cobrado por quilo varia de US$ 1 a US$ 4,16. “É um novo conceito”, disse Langton. “As pessoas são maiores, mais largas e mais altas do que há 50 anos. É uma área que a indústria deve começar a olhar”.
Os voos da companhia conectam as diversas ilhas de Samoa e região, em aviões menores, que, segundo Langton, sentem mais a variação do peso transportado. Quanto maior o peso do avião, maior será o gasto de combustível e, portanto, mais caro será o voo. Em um país com um número de obesos acima da média, a mudança de modelo promete ser um bom negócio.