PAULO BETTI SOFRE PATRULHAMENTO POR ESTAR ‘GAY DEMAIS’ EM IMPÉRIO

Desde suas primeiras cenas em ‘Império’, o ator Paulo Betti se tornou alvo de críticas sobre o tom de sua interpretação. Há um quase consenso de que ele se equivocou na composição de Téo Pereira, o blogueiro gay obcecado em expor a bissexualidade de um ex-amor de infância, o bom marido e pai exemplar Claudio (José Mayer). O personagem é a personificação do mau jornalismo, da maledicência, da invasão de privacidade e dos estereótipos da homossexualidade masculina. As críticas mais espinhosas são direcionadas aos trejeitos que Paulo Betti assumiu em cena.

Téo é superlativo em tudo — e parece fazer questão de dar tanta ‘pinta’. Esse mesmo patrulhamento não aconteceu com Mateus Solano e sua performance igualmente exagerada em ‘Amor à Vida’. Como esquecer, por exemplo, de Félix ‘sensualizando’ com barriga de fora e flor no cabelo, vendendo hot dog aos gritos na rua 25 de Março? A diferença é que aquele vilão tinha muito carisma e oferecia humor popular ao telespectador. A ‘bicha má’ se apoiou na rejeição sofrida do pai homofóbico (César/Antônio Fagundes) e acabou conquistando a aprovação da maioria dos noveleiros. Já Téo é veneno puro. O humor apresentado até aqui não foi bem digerido pelo público. E a justificativa para seu comportamento tóxico ainda não se mostrou convincente.