As baixas temperaturas do inverno promovem o aumento da incidência de gripes, resfriados e doenças respiratórias, especialmente entre as crianças. Com isso, passa a ser importante uma alimentação que reforce o funcionamento do sistema imunológico e amenize a ocorrência destes problemas. A Pediatra Adelina Dias em entrevista a Recôncavo FM tirou dúvidas da população com relação a esse assunto.
– Quais as infecções respiratórias mais frequentes nessa época?
Adelina Dias – Primeiro devemos salientar que existem inúmeros tipos de vírus que causam quadros semelhantes a um sintoma de gripe ou resfriados. Vários destes vírus costumam causar obstrução nasal, coriza, tosse e algumas das vezes, podem acometer agraves no quadro clínico da criança infectada.
– Quais os principais sintomas de uma gripe?
Adelina Dias – Se a infecção for pelo vírus da Influenza, a criança vai ficar mais prostrada, sem vigor físico. Além de febre recorrente, desconforto e redução do apetite. Algumas crianças ficam mais irritadiças e chorosas enquanto outras ficam mais molezinhas e indispostas. É preciso estar atento a estas situações, pois um simples quadro viral que é a gripe, pode se tornar algo de maior relevância como uma pneumonia, que é um quadro infeccioso grave que pode levar a criança ao internamento clínico para tratamento adequado.
– Em casos de infecções, quais os cuidados que deve-se ter com alimentação?
Adelina Dias – Sabemos que com a doença a criança fica inapetente, ela perde o apetite. Deve-se oferecer o que é bem aceito pelo infante. Deve-se observar como se dá essa aceitação. Se há alimentação adequada, o nível de diurese pode diminuir. Como a capacidade respiratória ainda é menor em crianças, principalmente bebês, é necessário ter atenção redobrada e até mesmo como medida de prevenção, internar a criança para que ela tenha maior assistência médica.
– Como saber se a criança está desidratada?
Adelina Dias – A desidratação normalmente não vem com um sintoma apenas. Deve-se levar em conta os motivos da desidratação do paciente, por exemplo, em crianças de peito, o choro pode vir sem lágrima e a diminuição ou nenhuma excreção, que é o xixi. A saliva pode ficar espessa e pode levar a apatia, que pode ser vista na reação da criança. Sinais cutâneos também podem ser vistos, como pele ressecada com formação de pregas ou rachaduras. Perdas de liquido em excesso como vômitos e diarreia devem ser monitorados por um profissional de saúde para se evitar o agravamento do quadro.
