POLÍTICA, BUROCRACIA E CORRUPÇÃO DERRUBAM BAHIA EM RANKING DE COMPETITIVIDADE.

Um estudo realizado pelo Centro de Liderança Pública e o grupo inglês Economist Intelligence Unit mostrou que a Bahia, entre 2011 e 2013, foi o estado que caiu mais posições no ranking nacional de gestão e competitividade entre os estados brasileiros.

No estudo, intitulado “Ranking de Gestão e Competitividade”, a Bahia aparece na 13° colocação. O resultado representa uma queda de quatro posições em dois anos, o que torna o estado, junto com o Maranhão, como os estados com pior desempenho. Em 2012, a Bahia ocupava a 11ª posição e, em 2011, estava na 9ª colocação. Entre as 27 unidades da federação, somente oito – incluindo a Bahia – perderam posições entre 2012 e 2013.
“Na propaganda do governo estadual, a Bahia vem crescendo, ganhando mais espaço na economia nacional e está cada vez mais atraente para os investidores. Na vida real, porém, a situação é bem diferente”, diz a nota enviada à imprensa pela candidata ao governo pelo PSB, Lídice da Mata.

O estudo leva em consideração itens como ambiente político e econômico, regime tributário, política voltada ao investimento, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade. A pontuação da Bahia caiu ou permaneceu estável em praticamente todos os itens. O desempenho desde 2011 levou o estado a ser ultrapassada no ranking por Amazonas, (12° em 2013), Mato Grosso (11º), Goiás (9°) e Mato Grosso do Sul (8°).
Na Bahia, o item com pior desempenho e que mais conduziu à queda foi o “Ambiente Político”. Esse critério analisa questões como a segurança do ambiente político para o investimento, a burocracia e a corrupção, por exemplo. “Nossa luta contra a corrupção não é uma promessa, é um princípio de vida que está marcado em minha história”, afirmou Lídice, ao prometer que, se eleita, tentará mudar o atual quadro apresentado.
Ainda no quesito “Ambiente Político”, a Bahia ocupava a 13ª posição em 2011. Conseguiu uma importante melhoria em 2012, quando evoluiu para o 7° lugar. Porém, em 2013, o estado despencou 13 posições, ficando no 20º lugar, atrás de estados como Roraima, Rondônia, Tocantins, Acre, Pará, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Ceará.
Outro item em que o estado tem desempenho considerado ruim é a “Infraestrutura”. Atrás de estados do Nordeste como Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, a Bahia ficou abaixo da média nacional no quesito, ocupando a 15ª posição. Em 2011, o estado era o 14º colocado. Conseguiu evoluir para o 7º lugar em 2012, mas voltou a cair e perdeu espaço em 2013. 

De 2012 até o ano passado, a Bahia também piorou o desempenho em itens como Regime Tributário e Regulatório (caiu da 4ª para a 8ª posição), Política Voltada ao Investimento (da 5ª para a 9ª) e Recursos Humanos (9ª para a 10ª). 
Para Lídice, a infraestrutura é um dos pontos chave para a redução das desigualdades regionais e uma das prioridades do programa de governo da coligação “Um Novo Caminho Para a Bahia”, liderada por ela. “Obras importantes como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e o Porto Sul, consideradas essenciais para o desenvolvimento baiano, precisam ser aceleradas, de modo a superar os constantes atrasos verificados em sua execução durante o governo do PT”, condenou.