A política baiana viveu uma semana de realinhamentos que reforçam o clima de incerteza e disputas internas nos bastidores. O PP da Bahia foi surpreendido pela decisão da executiva nacional de formalizar uma federação com o União Brasil, empurrando a legenda para a oposição e frustrando o plano de Mário Negromonte Jr. e aliados estaduais de embarcar no projeto do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Ao mesmo tempo, o PDT sinalizou institucionalmente apoio ao governo baiano — um movimento que coincidiu com a queda de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, ampliando as especulações sobre o jogo político nacional refletindo nos estados.
No caso do PP, prevaleceu a linha dura de Ciro Nogueira, que se mantém fiel à oposição desde 2018 e resiste a qualquer aproximação com o PT e o governo Lula. Com isso, a sigla baiana viu ruir as pontes com o Palácio de Ondina e, agora, parte dos progressistas — especialmente o grupo ligado a Cacá e João Leão, próximos de Bruno Reis e ACM Neto — tende a reforçar a oposição para 2026. Ainda assim, setores do partido no interior podem optar por uma atuação “híbrida”, buscando manter espaços junto ao governo estadual.
Já o PDT, em movimento oposto, tenta se reposicionar e ganhar musculatura na base governista, em um xadrez político que segue embaralhado.
🌀 No fim das contas, a sopa de letrinhas da política baiana segue fervendo, com alianças camarão: levam a cabeça, mas deixam o corpo.