RADIOGRAFIA DAS FAVELAS: EM DEZ ANOS, CLASSE MÉDIA DOBROU NAS COMUNIDADES

Há 40 anos, a dona de casa Maria Severina da Silva, hoje com 75, saiu de Campina Grande, na Paraíba, e veio com o marido e os seis filhos para o Morro do Adeus, no Complexo do Alemão. Agora, prestes a ganhar um apartamento novo do governo federal, em Benfica, Severina diz que não quer deixar a comunidade. Com a chegada de serviços públicos e a dimuição da violência devido à ocupação da favela, ela conta que “a vida no Adeus está muito melhor”. O estudo ouviu duas mil pessoas em 63 favelas de todo o país. As perguntas abordaram hábitos de consumo e renda, acesso a tecnologia, formalização de mão de obra, preferências culturais, entre outros. .Segundo a pesquisa, a intenção de compra de uma geladeira no próximo ano de Maria de Lourdes atinge 1.1 milhão de brasileiros. O mesmo número de pessoas almejam comprar uma máquina de lavar roupa em 2014. Os dados de melhoria da renda, no entanto, não surpreendem o economista Sergio Besserman. Para ele, programas sociais, como o Bolsa Família, tem impactado na elevação do padrão de vida dos moradores das favelas e, assim, no poder de compra. (Extra)