Seleção de Santo Amaro venceu por 3 x 1 a Seleção de Uruçuca e se sagra campeão

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Luiz Tito | Ag. A TARDE

Após 23 anos de jejum, a cidade de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, volta a comemorar um título do Intermunicipal. A seleção local venceu em casa a equipe de Uruçuca, por 3 a 1, na tarde deste domingo, 6.
A torcida santamarense – considerada uma das mais apaixonadas pelo futebol amador no estado – impôs medo desde o apito inicial à seleção visitante, que tinha a vantagem na decisão. No jogo de ida, Uruçuca havia vencido por 1 a 0 e jogava pelo empate.

No acanhado estádio municipal, a torcida xingava a comissão técnica e arremessava latas de cerveja na direção dos jogadores rivais. O clima tenso deixou a partida amarrada, com pausas do árbitro para acalmar os ânimos. O primeiro tempo durou mais de uma hora para acabar.
A equipe local aproveitou o pavor e fez logo dois gols em falhas do adversário. Paulinho, aproveitando erro do goleiro, adiantado, e Iltinho, após bate e rebate na área, fizeram os gols antes do intervalo.


No segundo tempo, a PM começou a agir com mais rigor e o jogo transcorreu normalmente. A defesa menos vazada do torneio, que havia tomado apenas três gols até a final, retomou a performance e partiu para o ataque: Uruçuca descontou com Dedéu, placar que levava a decisão para os pênaltis.
A esperança visitante durou pouco. No final, já aos 40 minutos, Paulinho, herói de Santo Amaro, foi derrubado na área e o árbitro deu pênalti. Na cobrança, o artilheiro do campeonato, Marcelo, deixou o 23o gol dele.
Com 3 a 2 no placar agregado, o título ficou em Santo Amaro pela quinta vez na história. O último troféu havia sido levantado em 1992.
Troféu Tom Zé
A Seleção de Santo Amaro levou para casa o troféu Antônio José Santana Martins, o nome de batismo do consagrado cantor e compositor baiano Tom Zé, de 78 anos, que é natural do município de Irará. Já a taça de vice-campeã que coube a Seleção de Uruçuca foi batizada com o nome do ex-jogador do Intermunicipal, Altamirando Chaves, o Miranda, nascido em Cachoeira, onde presidiu a Liga. Ele dedicou mais de 40 anos da sua vida ao futebol amador da Bahia. (A Tarde)