DO PTN NEWS
Na terça-feira dia 15/07 a jornalista Lília De Sousa, saiu com o objetivo de renovar seu passaporte. Ela jamais imaginou que este dia ficará para sempre registrado em sua vida, pela humilhação, degradação, e segundo a mesma maior humilhação e ato preconceituoso que sofreu em toda sua história até o momento. O episódio discriminatório aconteceu quando ao tentar tirar a foto o sistema rejeitou seus cabelos.
A jornalista ainda insistiu na tentativa de fazer outra foto com o cabelo solto. A policial tentou algumas vezes, mas novamente o sistema não permitiu. A policial que a atendeu, explicou: “O seu cabelo é “black power” e o sistema não aceita a imagem. Terá que prendê-lo”. A jornalista desabafa: “Fiquei muito constrangida. Tive que prender meu cabelo com uma borracha daquelas de escritório, que eles arrumaram e me deram. Saí de lá arrasada”.
O episódio ocorreu na Polícia Federal do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) do Salvador Shopping. Inconformada com a situação, a jornalista voltou ao local, depois de alguns minutos, para protestar. A mesma procurou outros funcionários e ficou sabendo que isso tinha se tornado algo comum com mulher que usavam os cabelos como o dela “Black”.
A mesma enviou e-mail à ouvidoria da policial Federal, registrando o caso, e faz questão de deixar claro que foi bem tratada pelas policiais que a atenderam. “O problema não foi o atendimento. Eles obedecem a regras. O sistema da PF é que é questionável, já que ignora completamente a etnia das pessoas”, afirma a jornalista revoltada.
Por professora Andréa Luz/PtnNews
