O atual presidente do PT reafirma que a decisão final na escolha do candidato petista a disputar o governo estadual é do partido
A vinda do ex-presidente Lula à Bahia fortaleceu ainda mais a posição do governador Jaques Wagner no processo para definir o nome petista da sucessão. Apesar do silêncio de Lula sobre o páreo durante a inauguração da cervejaria Itaipava em Alagoinhas, na última sexta-feira (22), as declarações de Wagner refletiram o tom da conversa que teve com o ex-presidente na viagem para a cervejaria.
Wagner revelou que, no diálogo cara a cara, Lula descartou interferência direta no processo de escolha e garantiu que o governador é o maestro do concerto eleitoral da legenda. O que praticamente coloca o chefe da Casa Civil, Rui Costa, léguas à frente dos concorrentes: o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, e o senador Walter Pinheiro e Luiz Caetano.
O apoio de Lula a Wagner não significa, porém, que Rui Costa ganhará a vaga automaticamente. Isso porque o principal conselho dado pelo ex-presidente ao governador foi o de que a decisão só seja tomada em definitivo se houver unidade em torno da candidatura. Tanto que o governador admitiu, pela primeira vez, o adiamento do anúncio final para dezembro, na assembleia da direção estadual do PT.
No entanto, o atual presidente do PT, Jonas Paulo, e seu sucessor Everaldo Anunciação, fazem questão de afirmar que as conversas continuam, principalmente com os partidos da base aliada. Durante o lançamento da pré-candidatura do senador Walter Pinheiro, os petistas, mais uma vez, afirmaram que o governador Jaques Wagner é o timoneiro do processo, mas é o conjunto do partido que escolherá o candidato.
Jonas Paulo Também não confirmou que a o dia do anúncio do candidato que representará o PT na sucessão estadual será dia 30 de novembro. A única garantia é “que no dia 30 será a posse de Everaldo [Anunciação]. Esse anúncio pode acontecer dia 30 ou em outro momento”, disse o petista.
