“Você é linda… nunca fiquei com uma negra” — o racismo que ainda fere

“Você é linda… nunca fiquei com uma negra.”
A frase, disfarçada de elogio, escancara uma realidade dolorosa vivida por muitas mulheres negras no Brasil: o racismo afetivo.

O termo define a prática de desejar corpos negros, mas rejeitar suas histórias. Muitas vezes, a mulher negra é vista como exótica, sensual, “diferente” — mas não como parceira para a vida, para apresentar à família, para dividir sonhos. Essa forma de racismo é sutil, mas devastadora, pois atinge diretamente o emocional, a autoestima e o senso de pertencimento.

Ao longo da história, o corpo da mulher negra foi hipersexualizado, tornando-a símbolo de desejo, mas não de afeto. A ideia de que é “boa para o prazer, mas não para amar” ainda circula, inclusive entre homens que se dizem antirracistas.

E os dados comprovam: segundo pesquisas em aplicativos de relacionamento, as mulheres negras são as menos escolhidas, mesmo sendo maioria entre chefes de família, empreendedoras e universitárias. Resistência, beleza e força não faltam — o que falta é o reconhecimento pleno da sua humanidade.

É hora de quebrar esse ciclo. O amor também tem cor, tem textura, tem cabelo crespo. E merece respeito.

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