VOLUME ÚTIL DO ‘CORAÇÃO’ DO CANTAREIRA CHEGA A ZERO

Responsáveis por cerca de 80% da capacidade máxima do Sistema Cantareira, na região de Bragança Paulista, atingiram nesta terça-feira (3), o limite mínimo de captação de água por gravidade pela Sabesp, ou seja, 0% do volume útil armazenado.

A partir de agora, a retirada de água dos dois principais reservatórios do Cantareira só pode ser feita através do bombeamento do ‘volume morto’, que fica represado abaixo do nível das comportas.

Ao todo, a Cantareira possui 240 bilhões de litros, considerando o volume morte e a quantidade restante nos outros reservatórios que compõe o sistema: Cachoeira, em Atibaia, Atibainha, em Nazaré Paulista, e Paiva Castro, em Mairiporã.

O volume disponível é de 24,6%, segundo a Sabesp. Na estimativa mais pessimista, a reserva atual pode acabar no dia 27 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições em São Paulo. Sem esta reserva profunda, a capacidade estaria em 6%.

Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a concessionária paulista já fez o pedido para iniciar a captação do ‘volume morto’ para tentar evitar o relacionamento de água. Em nota, a Sabesp informou que as projeções com cenários mais desfavoráveis foram solicitadas pelo comitê anticrise liderado pela ANA, Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista. ‘Mais esta não é uma posição da Sabesp’, afirma a empresa que disse manter as projeções ‘inicialmente apresentadas’