Viagem para ver destroços do Titanic vai a 3,8 km de profundidade, custa R$ 1,2 milhão e tem documento que alerta para ‘risco de morte’

Embarcação tem capacidade para cinco pessoas, mas não se sabe quantos passageiros estavam no veículo que desapareceu nesta segunda-feira. Reportagem da rede americana CBS mostrou em detalhes como funciona o submersível.

Um veículo submersível que levava turistas até o local onde estão os destroços do Titanic, no fundo do mar, desapareceu nesta segunda-feira (19). A seguir, entenda como funciona a Expedição Titanic, viagem administrada pela empresa OceanGate.

O passeio para ver os destroços do Titanic custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por pessoa. A embarcação tem capacidade para até cinco pessoas, sendo normalmente um piloto e quatro turistas. No entanto, ainda não se sabe quantos passageiros estavam no veículo que desapareceu nesta segunda-feira.

A viagem dura 10 dias, sendo os dois primeiros em um barco grande, que leva os passageiros até o local do naufrágio. O trajeto começa na costa de Newfoundland (mapa abaixo), no Canadá, e segue por 600 km pelo Oceano Atlântico. Uma vez no local, o submersível leva cerca de oito horas para realizar o passeio completo (incluindo a volta à superfície) até os destroços, que ficam a uma profundidade de 3.800 metros.

Segundo a Ocean Gate, 18 expedições foram planejadas para o local do naufrágio em 2023. As viagens foram vendidas após a empresa conseguir realizar mergulhos bem-sucedidos em 2021 e 2022.

Em entrevista à rede de televisão americana CBS no início de 2023, o presidente da empresa, Stockton Rush, afirmou que os turistas que pagam pela viagem são apaixonados pela história do Titanic ou pessoas muito ricas.

Na mesma reportagem exibida pela CBS, o repórter David Pogue, que é convidado a fazer a viagem, lê os termos que precisou assinar antes de embarcar, entre eles a informação de que a viagem é feita em “um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte”. Não há informações precisas sobre os termos assinados pelos passageiros do submersível que desapareceu.

Portal G1