Com o prolongar da seca que atinge todo o Nordeste, afligindo mais de 60% do território baiano, levando os gestores públicos a renovarem os decretos de situação de emergência, o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), Paulo Maracajá, pediu cautela e bom senso aos prefeitos no gasto com os tradicionais festejos juninos.
“Em 2012, quando a seca começou a se agravar, emitimos um comunicado oficial alertando aos municípios quanto à preocupação do TCM com a análise das contas dos municípios em situação de emergência e que aplicaram altos montantes financeiros nos festejos, o que caracterizava uma ação contraditória. Pois, como um município pode estar em emergência e gasta com festas? Esse ano faremos o mesmo comunicado”, afirma o conselheiro Paulo Maracajá.
Em resposta ao conselho do presidente do TCM, a presidenta da União dos Municípios da Bahia (UPB), prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, afirmou que, “além da situação de emergência provocada pela seca, ainda enfrentamos problemas financeiros por causa da drástica redução do FPM. Já estamos conversando com os prefeitos e alertando para essa situação. A maioria dos municípios está realizando audiências públicas para decidir com o povo a realização ou não das festas com investimentos até 70% menores do que em outras épocas. Outra orientação que damos aos gestores é buscar recursos em patrocínios destinados apenas para festejos culturais, como o que a Bahiatursa está oferecendo. Do contrário, é melhor não realizar a festa”.
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