IMPRENSA ITALIANA EXALTA JÚLIO CESAR. ESPANHÓIS FALAM EM ‘SORTE DE CAMPEÃO’

A classificação suada do Brasil para as quartas de final da Copa do Mundo, que só veio na decisão por pênaltis contra o Chile, foi destaque nos principais jornais internacionais neste domingo. Na Itália, a imprensa exaltou o goleiro Júlio Cesar, que já passou pela Inter de Milão, e foi o destaque da vitória brasileira após defender dois pênaltis.
O La Gazzetta dello Sport destacou o “pânico” do Brasil e tratou o goleiro como um imperador após as defesas heroicas. “Ave Cesar”, estampou a publicação em sua edição de domingo. O Corriere dello Sport disse que “Júlio Cesar muda a história”. O Tuttosport chamou o goleiro de “herói do Brasil”.

Na Espanha, a classificação brasileira foi tratada mais como algo sobrenatural do que pela atuação de um jogador em especial. “Deus escutou o Brasil”, proclamou o jornal Marca. “O ‘Maracanazo’ ficou a 11 metros”, em referência às cobranças de pênaltis.
O também espanhol Sport, da Catalunha, trouxe como destaque uma foto de Neymar chorando após a vitória nas penalidades e estampou: “Sorte de Campeão”. O sofrimento brasileiro foi destaque ainda em outro diário catalão, o Mundo Deportivo.
Na Argentina, o diário Olé! não perdeu a chance de tripudiar sobre a vaga conquistada com muita dificuldade. “Ganaron por pañales”. “Pañales”, em espanhol, significa fralda. Além do trocadilho com “penales”, que significam “pênaltis”, o jornal argentino deu a entender que o medo da derrota fez com que os brasileiros precisassem de fraldas durante o jogo.
O português A Bola lembrou as classificações de Felipão com a seleção de Portugal na Euro de 2004 e na Copa do Mundo de 2006, quando o país disputou em várias oportunidades nos pênaltis para ficar com as vagas. “Scolari ganha à portuguesa”, destacou o jornal.

RIVAIS NAS QUARTAS, BRASIL E COLÔMBIA SÃO SEPARADOS POR R$ 730 MILHÕES

De um lado, o Brasil, considerado um dos grandes favoritos ao título da Copa e que tem em Neymar a sua principal estrela. Do outro, a Colômbia, uma surpresa e que tem em James Rodríguez seu grande craque. Rivais em duelo válido pelas quartas de final na próxima sexta-feira, no estádio Castelão, em Fortaleza, as duas equipes vivem momentos parecidos dentro das quatro linhas. Ambas ficaram em primeiro na fase de classificação e avançaram no primeiro duelo eliminatório. Mas, ao analisarmos o lado financeiro, existe uma grande diferença entre os rivais sul-americanos.
Segundo o conceituado site “transfermarket”, a seleção brasileira é a de segundo maior valor da Copa do Mundo: € 415 milhões (R$ 1,23 bilhão). A Colômbia, segunda colocada nas Eliminatórias, vale apenas 40% do Brasil: € 168 milhões (R$ 500 milhões). Ao analisarmos os principais jogadores, a diferença também impressiona.

NEYMAR SE MACHUCA E PODE FICAR DE FORA DAS QUARTAS DE FINAL

O técnico Luiz Felipe Scolari admitiu estar aliviado após a sofrida derrota para o Chile, no último sábado (28), que garantiu ao Brasil uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. Embora esteja mais tranquilo, o comandante da seleção anfitriã do Mundial ganhou um enorme problema. Com um inchaço na coxa, Neymar preocupa e pode ficar de fora da próxima partida. Durante coletiva, Felipão admitiu estar muito preocupado com a situação do jogador, que é considerado um dos melhores da seleção verde e amarela. “Neymar fez um esforço muito grande. Vai ficar com a coxa inchada por alguns dias e talvez estejamos com um problema grande para o próximo jogo. Ele ficou quase o jogo todo com uma pancada na coxa muito forte.

A perna está deste tamanho! Conseguiu jogar porque adora o que faz. Joga por amor à profissão, esquece que é Copa do Mundo e faz isso com naturalidade”, explicou. Pelas quartas de final o Brasil enfrentará a Colômbia, que derrotou o Uruguai por 2 a 0. O duelo que garantirá vaga na semifinal acontece nesta próxima sexta-feira, às 17 horas, no Castelão, em Fortaleza.

PSB OFICIALIZA A CANDIDATURA DE CAMPOS PARA O PALÁCIO DO PLANALTO

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado (28), durante convenção nacional, em Brasília, a candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República na eleição deste ano. A legenda também chancelou a indicação da ex-senadora Marina Silva (AC) para a vaga de vice na chapa. O evento partidário ocorreu a dois dias da data-limite para a realização das convenções que irão confirmar os candidatos para a disputa eleitoral de outubro. No mesmo ato que lançou a candidatura de Campos, também foi confirmada a coligação “Unidos pelo Brasil”, aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS. Em uma votação simbólica, os delegados da coligação de apoio à chapa formada por Campos e Marina ergueram as mãos para confirmar que aprovavam a aliança. No seu primeiro discurso como candidato oficial do PSB à Presidência, Eduardo Campos voltou a fazer duras críticas ao atual modelo político e à gestão Dilma Rousseff. Ao longo dos 21 minutos de discurso, ele se apresentou como uma via alternativa à polarização entre PT e PSDB. O antigo aliado do PT criticou a condução da economia brasileira, a coalizão de partidos que governa o país e ironizou boatos de que há risco de o programa Bolsa Família ser extinto caso a oposição vença a eleição presidencial. (Globo)

CORPO DE DONA DE CASA É ACHADO EM CACHOEIRA APÓS SUMIÇO COM 2 FILHOS

O corpo de uma dona de casa de 25 anos, que estava desaparecida desde a quarta-feira (25), foi localizado em uma cachoeira conhecida como “Acaba Vida”, em Barreiras, região oeste da Bahia. Rita de Cássia Rodrigues morava na cidade de Luís Eduardo Magalhães e foi vista pela última vez com os filhos de seis anos e seis meses de vida na cachoeira que fica na cidade vizinha. O corpo dela foi localizado no fim da tarde de sexta-feira (27) e as crianças permaneciam desaparecidas até o final da tarde deste sábado (28). Na quarta-feira, Rita teria saído de casa para buscar remédios e não retornou. Segundo familiares, a dona de casa sofria de depressão. Parentes começaram as buscas na cachoeira durante a tarde de sexta-feira. Eles seguiram por uma trilha e após descerem por cerca de 50 metros, encontraram pertences da mulher e objetos das crianças. O corpo de Rita de Cássia estava preso a um galho de árvore. Neste sábado, uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local para realizar novas buscas. O corpo de Rita de Cássia foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Barreiras e liberado para sepultamento. (TV Bahia

O FANTASMA SAI DE CENA: COLÔMBIA BATE URUGUAI E AGORA PEGA O BRASIL

No Maracanã o fantasma nasceu, no Maracanã o fantasma se despediu. Graças à melhor Colômbia que já pisou as chuteiras em uma Copa do Mundo, não acontecerá a tão esperada revanche da final da Copa do Mundo de 1950. É a talentosa seleção comandada pelo craque James Rodriguez, dono da vitória de 2 a 0 neste sábado, quem desafiará o Brasil nas quartas de final do Mundial. E o fantasma sai de cena – o Uruguai está fora da Copa.
A assombração agora é outra. A mística uruguaia, com as lembranças de 64 anos atrás, dá lugar à exuberância da seleção cafeteira. A Colômbia jamais havia passado das oitavas de final em uma Copa do Mundo. Pois agora passou com sobras: tem 100% de aproveitamento, 11 gols marcados, apenas dois sofridos e uma campanha superior à do Brasil – que precisou recorrer aos pênaltis para eliminar o Chile. E tem James Rodriguez…


O camisa 10, melhor jogador da primeira fase para a Fifa, fez um golaço para ser cristalizado nas retinas colombianas. Matou no peito e, sem deixar a bola cair, abriu o placar da vitória – complementada por ele próprio no segundo tempo. O Uruguai, valente como sempre, abastecido de indignação pela suspensão aplicada a Luis Suárez, teve força para encarar o adversário. Mas não teve futebol. A equipe de José Pekerman é bastante melhor.
Sexta-feira, dia 4 de julho, às 17h, Brasil e Colômbia se enfrentam o Castelão, em Fortaleza. O vencedor estará nas semifinais.

Quando a bola começou a rolar no Maracanã, na despedida da tarde carioca, dois sentimentos saíam de cada canto do estádio e eram tão firmes, tão presentes, que quase deixavam de ser abstrações para se tornar sólidos – objetos que podem ser tocados. A raiva dos uruguaios estava presente em cada semblante, em cada máscara de Suárez a ornamentar um rosto, em cada faixa expelindo indignações contra a punição que alijou o atacante da Copa. E era proporcional ao surto de euforia dos colombianos, em êxtase com uma seleção que lhes permite sonhar um sonho outrora utópico.
A presença de dois estados de espírito tão opostos deixou o jogo tenso em campo e fora dele. Enquanto os atletas discutiam, dividiam cada bola com um pouco mais de força (especialmente os uruguaios), torcedores se desafiavam nas cadeiras, xingavam uns aos outros (especialmente os uruguaios).
No gramado, o que se viu foi uma Colômbia muito mais talentosa e um Uruguai além de seus próprios limites de obstinação – algo que poderia parecer impossível para uma equipe que tem a garra tatuada na alma desde que o mundo é mundo. Só que a diferença pró Colômbia no primeiro quesito é maior do que a diferença pró-Uruguai no segundo. Não por acaso, o time de José Pekerman, na bola, na qualidade, pulou na frente na etapa inicial.
E foi justo. A Colômbia propôs o jogo, se mostrou mais veloz, usou melhor os lados. E tem um diamante em campo com a camisa 10. Aos 27 minutos, a bola pareceu se teleguiar até o peito de James Rodriguez. Ele a aninhou no corpo e, na queda, já emendou de canhota. O toque no travessão foi o último ato antes do grito de gol. De golaço. De enorme golaço.
A Colômbia teve 63% de posse, mais saídas para o ataque e mais do que o dobro de tentativas de gol do que o Uruguai no primeiro tempo. Mas sua superioridade não a deixou imune a ataques celestes. Cavani, de falta, quase empatou. E depois, pelo alto, não desviou de cabeça por detalhes – seria fatal a conclusão.

O começo do segundo tempo ainda não estava munido de definições. Afinal, era o Uruguai do outro lado: tudo poderia acontecer. Mas não demorou para o fantasma sair de cena. Aos quatro minutos, a Colômbia trocou passes de pé em pé. Armero, da esquerda, mandou na cabeça de Cuadrado, que deixou a bola redonda (com o perdão do trocadilho) para James Rodriguez completar para a rede: 2 a 0, quinto gol do camisa 10 na Copa.
O Uruguai fez o que podia para reagir. Óscar Tabárez tirou Forlán (uma triste versão do craque do Mundial de 2010) e Álvaro Pereira para colocar Stuani e Gastón Ramírez. A seleção celeste até criou algumas chances, geralmente com Cavani, mas jamais deu pinta de que poderia virar o jogo – até porque o goleiro Ospina foi infalível. Com o passar do tempo, o time charrua ainda se tornou excessivamente viril – como em pancada de Ramírez em Armero.
Enquanto isso, a parte brasileira da torcida passou a gritar “eliminado” para o Uruguai e a avisar aos próximos adversários: “Colômbia, pode esperar, a tua hora vai chegar”. Mas eles pouco ligaram. Responderam cantando: “Se vive, se sente, Colômbia está presente”.
E está mesmo. Como jamais esteve.
Torcedor vestido de fantasma de 50 com dentes do "vampiro Suárez" (Foto: Gettyimages)Torcedor uruguaio vestido de fantasma e com dentes da mordida de Suárez (Foto: Gettyimages)

CORNETA, SOFRIMENTO E EUFORIA. GALVÃO TEM NARRAÇÃO DIVIDIDA EM 3 FASES

O narrador Galvão Bueno viveu três fases durante os 120 minutos das oitavas de final da Copa do Mundo, quando o Brasil venceu o Chile nos pênaltis após empate por 1 a 1. Primeiro, ele cornetou a arbitragem, depois, sofreu com o empate e, por último, ele foi ao delírio com a classificação.
A corneta começou com a queda de Hulk na área. Tanto Galvão como Arnaldo cravaram que o atacante brasileiro foi derrubado e que Howard Webb deveria ter marcado pênalti.
No entanto, o auge das reclamações com o juiz aconteceu no segundo tempo. Após Hulk dominar a bola no braço e fazer o gol, a arbitragem anulou o lance. Galvão reclamou que a bola acertou o ombro, a manga da camisa, e não teria tocado na mão do jogador.

Depois de um choque entre Daniel Alves e Pinilla, já na prorrogação, o narrador voltou a criticar o juiz. “Arnaldo, é uma péssima arbitragem de um juiz da final da Copa do Mundo. Péssimo Howard Webb”, disse.
Webb foi esquecido com a possibilidade dos chilenos virarem a partida contra o Brasil. “Fecha, fecha, fecha”, narrou o locutor em um lance de perigo da seleção do Chile.
Ao começar o segundo tempo da prorrogação, Galvão soltou seu tradicional bordão para momentos de tensão: “prepare seu coração!”, anunciou. “O jogo é nervoso, o jogo é dramático”, disse já com a bola rolando.
No final da prorrogação, o nervosismo do narrador se transformou em uma bronca. “Thiago, não é o momento de baixar a cabeça. É o momento de mostrar firmeza!”, reclamou, ao ver o capitão brasileiro sendo consolado por Paulinho.
A empolgação começou a tomar conta quando Júlio César defendeu os dois primeiros pênaltis.  “O Júlio fez o gol dele na Copa do Mundo”, falou após a primeira batida.  “É Júlio! É Júlio! É Júlio! É Júlio César do Brasil! Se agiganta Júlio César, que espetáculo!”, repetiu.
Após a conquista da vaga, ficou evidente a euforia de Galvão, que chegou a perder sua voz rouca na comemoração. “O Brasil vai para Fortaleza! Vamos todos para Fortaleza! Que todo mundo beije Júlio César! Com Colômbia, com Uruguai, venha quem vier!”, gritou.
“A voz faltou porque me emocionei”, admitiu na sequência. “Quando o Jefferson e o Victor foram abraçar o Júlio César (fica em silêncio por alguns segundos). O Victor deu uma medalhinha que ele usou na Libertadores, quando defendeu os pênaltis no Atlético-MG. Nesta hora vale tudo”, completou.
“Eu tenho dez Copas do Mundo narrando, esses caras (Ronaldo e Casagrande) tem Copa do Mundo jogando, o Arnaldo apitou final de Copa do Mundo… Mas eu vou dizer uma coisa… Pode chorar, pode fazer o que quiser. O Ronaldo desabou! Que tenha sido hoje Casa… Olha os olhos do Casa!”, relatou Galvão Bueno, desconcertado.

JÚLIO CÉSAR CHORA DEPOIS DO JOGO E CITA PRESSÃO DE JOGAR A COPA EM CASA

Herói da classificação do Brasil contra o Chile, o goleiro Júlio César se emocionou ao dar entrevista depois do jogo. Chorando durante a entrevista, como havia feito antes de começo da disputa por pênaltis, o jogador citou a pressão que a seleção brasileira tem sofrido por atuar dentro de casa.
“Olha, esperávamos (essa dificuldade) apesar do primeiro tempo ter sido bem jogado por nós, criamos oportunidades, depois do gol do empate, o Chile se encontrou e dificultou nosso jogo. Mas que agradecer o público que compareceu, meus companheiros, que acreditamos sempre. É complicado psicologicamente e emocionalmente falar, mas para a gente nos representar é uma pressão forte, mas deu tudo certo no final”, disse o goleiro em entrevista à Globo.
O goleiro ainda lembrou a entrevista que deu há quatro anos, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda nas quartas de final da Copa de 2010.

“Quatro anos atrás eu dei uma entrevista muito triste, chateado. Estou repetindo com você, mas com felicidade. Só Deus e minha família sabem o que eu passei e passo até hoje. Mas eu sei que minha história não acabou. Meus companheiros estão dando força para chegar em campo e dar meu melhor. Faltam três degraus. Espero dar uma entrevista com você, com muita felicidade e o Brasil em uma grande festa. É o meu sonho”, completou.
Depois do jogo, o goleiro do Brasil foi eleito o melhor jogador da partida em votação realizada no site da Fifa e comemorou em entrevista à Globo: “Tem que ir até o Maracanã e tenho que beijar aquele troféu. Está chegando, está chegando”.
Depois, disse esperar que Galvão Bueno não precise mais gritar o bordão ‘vai que é tua, Júlio César’: “Seria melhor sem pênaltis, né! Senão minha mãe, minha vó… Minha família toda… Vão todos sofrer do coração”.

O IBOPE DE BRASIL X CHILE

Neymar:  dificuldade em campoi

Neymar: dificuldade em campoi
Brasil X Chile repetiu a audiência que os jogos da seleção nesta Copa tem registrado. Aos números: de acordo com dados prévios do Ibope para a Grande São Paulo, a partida rendeu à Globo 36 pontos e onze pontos para a Band.

Por Lauro Jardim